Merece aplausos o trabalho de recuperação da memória feirense feito pelo Núcleo de Preservação da Memória Feirense – Rollie Porpino, ligado à Fundação Senhor dos Passos.
Isto se tornou possível mercê do trabalho insano (desculpem o termo, mas não há outro melhor para definir a perseverança e a inquietude dessas pessoas!) em busca dos fatos e coisas que ficaram pelo caminho da história feirense.
Esta tarefa é capitaneada por dois valorosos feirenses: Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito que abraçaram a causa e, hoje, ostentam um patrimônio histórico invejável que vai de jornais antigos a livros raros; de vídeos a fotos preciosas e objetos de valor memorial inestimável, a maior parte guardada com carinho no Casarão Froes da Motta que abriga a Fundação.
Um dessas relíquias é, sem dúvida, os primeiros números do jornal A FLOR, noticioso criado pelo jornalista Arlindo Ferreira, em 17 de abril de 1921 (portanto completando 100 anos em 2021!) publicados em forma de livro.
As mulheres do fim do Séc. XIX e início do Séc. 20 vestiam-se assim…
A FLOR foi criado conforme nos revela as palavras finais do seu editorial no número 1:
(…)“Não esqueceremos tambem de nos interessar-mos pelos assunptos cinematographicos agora tão em moda nos melhores jornaes e revistas do pais.
Emfim, a Flor não será senão uma verdadeira e primorosa miscelanea litteraria – dedicada em parte ao belo sexo feirense.”
( texto reproduzido, sic, na grafia da época, como está no jornal).
Como um presente, reproduzimos o número 1, recomendando sempre que a leitura deve ser feita, preferencialmente, em tablets, notebooks ou computadores, para uma melhor visualização.
(Clique no link abaixo, para ter acesso ao jornal).