ACADEMIA DE LUTO

 

A Academia, infelizmente, tem perdido valorosos pares. Dentre eles, Floriano da Costa Melo, uma excepcional figura humana, com relevantes serviços prestados à cultura feirense e Sônia Pires, a segunda mulher acadêmica de Feira de Santana (a primeira foi Ana Maria Souza, admitida em nossos quadros na década de 1970). Com muita tristeza e uma imensa saudade, transcrevemos suas biografias.

 

FLORIANO DA COSTA MELO

 

             Nasceu em Guanambi/BA, no dia 14 de janeiro de 1935. Filho de João da Costa Melo e Belarmina Moreira Prates Melo.

Bacharel em Administração pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

Exerceu função pública durante 30 anos, tendo alcançado aposentadoria por tempo de serviço, investido em cargo de Direção e Assistência Intermediária, nas Secretarias de Agricultura, da Educação do Estado e nos Ministérios da Justiça e dos Transportes.

Casado com a Sr.ª Iêda Maria dos Reis Melo. Tem os filhos: Lana Maria, Economista; Nara Luzia, Professora e Contadora; José Anselmo, Administrador e Teólogo e João Paulo, Engenheiro Civil. Depois dos filhos seguem-se os netos: Bruno e Hugo, filhos de Lana; Ana Laura, Liz e Theodora, de Anselmo e Lara de João Paulo.

Membro da Academia Feirense de Letras, ocupando a Cadeira nº 09, cujo patrono é o poeta Honorato Bonfim.

Poeta, publicou os livros: “O Homem e a Máquina”; “A Terra do Ouro Branco” e “Pedaços de Mim” e participou de várias antologias, inclusive “Memorial Poético de Feira de Santana”, de nossa autoria (2001).

Compositor do “Hino do Clube” do Rotary Clube Feira Leste.

Tinha prazer em escrever e recitar versos, principalmente nos eventos culturais da cidade, não perdia a oportunidade também de se apresentar em momentos inspirativos da poesia.

Faleceu no dia 06 de janeiro de 2021.

 

Lélia Vitor Fernandes de Oliveira – biógrafa

 

SONIA MARIA ALVES PIRES

Nasceu em Feira de Santana no dia 09 de junho de 1945. Filha de tradicional família de Feira de Santana, o sr. João Augusto Pires e Mariá Alves Pires.

Sônia Pires nasceu dotada de muitos dons artísticos, desde os sete anos passou a estudar piano. Professora, artista plástica, poeta, artesã, compositora e restauradora de objetos antigos. É a segunda mulher a se tornar membro de uma Academia (Academia Feirense de Letras). Foi funcionária do CEDIC, órgão estadual. Trabalhou na Biblioteca Municipal Arnold Silva, como recreadora de crianças.

Publicou os livros de poesia “Encanto e Desencanto de um Poeta” (1977);  “Reboliço” (premiado com o Troféu Imprensa) 1983; “Na Incerteza Certeza do Tempo” (Prêmio Menção Honrosa da AFL) e fez parte da antologia “Florilégio” , organizada pelo poeta Alberto Alves Boaventura.

Expôs no Museu de Arte Contemporânea, sua primeira mostra coletiva, em 1977 e na Secretaria de Turismo, individualmente, com 30 trabalhos a óleo, além de na Prefeitura, Centro de Cultura Amélio Amorim na mostra “14 Mulheres” e na inauguração do Hotel Caroá. Participou do Leilão de Arte, juntamente com artistas plásticos de renome como Calazans Neto, Gil Mário e Juraci Dórea, em 1995.

Na área musical, compôs “ Brilha a Lua” (música para coral); Súplica e “ Canção da Chuva”. Fez incursão no teatro com a peça “ Monólogo das Desquitada”, encenada no Centro de Cultura Amélio Amorim.

Recebeu diversos prêmios e honrarias, entre eles: Troféu Imprensa; Menção Honrosa no Concurso de poesias da Revista de Brasília; Menção Honrosa em prêmio da Editora Abril. Como articulista escreveu a coluna “Arte e Literatura” no jornal Folha do Norte.

Faleceu em 30 de janeiro de 2021.

 

José Raimundo de Azevedo – Genro da biografada