FALECEU RAYMUNDO A.C.PINTO – Figura esponencial, Raymundo ocupava a Cadeira 40 em nosso sodalício

Lamentável que, depois de um pequeno recesso, tenhamos que reabrir nosso espaço noticiando o falecimento de um confrade tão querido por todos.

RAYUMUNDO ANTONIO CARNEIRO PINTO, feirense apaixonado por sua terra natal, era um cidadão polivalente.

Quando estudante de teatro, em Salvador,  atuou na peça “A História de Tobias e Sara” e  “Os Fuzis da Senhora Carrar”, de Bertolt Brecht, também em Salvador.
Em Feira de Santana, tendo sido criada a SCAFS) Sociedade Cultural e Artística de Feira de Santana,  em  “O Boi e o Burro a Caminho de Belém”,  em 1965. Ativo culturalmente, dirigiu  “Uma Véspera de Reis”,  “A Nova Helena”,  “Toda Donzela Tem um Pai Que É uma Fera”  e “Só o Faraó Tem Alma”.

Exerceu diversos cargos públicos, tendo sido Secretário de Educação e Cultura e Chefe de Gabinete do então prefeito João Durval Carneiro. (1967-1971);

Formado em Direito  pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), e aprovado em concurso para juiz passou a ser juiz substituto, em 1979. Em 1986, foi promovido a juiz presidente da Junta de Conciliação e Julgamento, desempenhando suas atividades não só no interior como em Salvador. Em 2001, passou a integrar o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, como  membro efetivo. A partir de 2007, exerceu os cargos na mesa diretora no TRT: vice-corregedor regional, corregedor regional e vice presidente. Aposentou-se em 2010, como Desembargador Federal do Trabalho..

Como escritor, nosso confrade lançou seu primeiro livro, em 1971, o “Pequena História de Feira de Santana”.  Já como juiz, fez “Enunciados do TST Comentados” em 1990, obra jurídica que alcançou a 11ª edição, com o título modificado (desde a oitava edição) para “Súmulas do TST Comentadas”; ainda na áreas do Direito, publicou “Mudanças no CPC e Reflexos no Processo Trabalhista”, “Precedentes da Seção de Dissídios Individuais do TST” e “Guia Prático de Linguagem Forense”. Na área da ficção, o romance “Orfandade de um Ideal”,  em 1993 e em 2017, “A Primeira vez” (contos). Em 2021, publicou um minidicionário de estrangeirismos.

Em 18 de setembro de 2006, recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Municipal, na classe de Cruz do Mérito.

Raymundo deixa uma enorme lacuna nos meios jurídico e cultural não só em Feira de Santana, como na Bahia.

Segundo fomos informados, o falecimento ocorreu às 17 horas (mal súbito). O corpo será cremado em Salvador, sendo suas cinzas depositadas em Feira de Santana.