FEIRA NÃO COSTUMA PRESERVAR SUA MEMÓRIA – O acadêmico Eduardo Kruschewsky faz uma análise da falta de preservação do patrimônio arquitetônico de Feira de Santana

 

O acadêmico Eduardo Kruschewsky, na esteira da publicação de texto de Antonio do Lajedinho publica sua preocupação e indignação com o abandono em que se encontram os imóveis antigos da Feira de Santana.

O PASSADO DE FEIRA ESTÁ SAINDO DO PASSADO E ENTRANDO NO ESQUECIMENTO!

Há um enorme erro histórico em Feira de Santana ou seria descaso?

Enquanto outros grandes centros preservam a sua História através da conservação de sua arquitetura, a nossa cidade se encarrega de destruir tudo que possa relembrar o passado. Um exemplo típico do que falamos é a completa destruição da Ponte Rio Branco. No centro da cidade, como amostragem, observamos o desaparecimento de imóveis que contavam a nossa história como, por exemplo, a Mansão Marinho Falcão no local onde hoje é a Marisa e a C&A;  a casa de morada da família Pinto; o Solar Santana, do Cel. Tertuliano Almeida  e, mesmo, a residência  da família Sampaio, de propriedade da senhora Lybia Pacheco Sampaio, avô paterna de Luiz Silvany Sampaio, respeitável figura feirense. A senhora Lybia, em 1948, vendeu o imóvel ao governo do Estado que o transformou na Mesa de Rendas do Estado, localizada na esquina da Av. Senhor dos Passos com a Avenida Sampaio. Infelizmente, modificaram a aparência do imóvel, construindo instalações modernas no quintal da moradia e, posteriormente, demoliram a casa construído em seu lugar um prédio novo. Não podemos deixar de citar a Santa Casa de Misericórdia, que foi Palácio de Menor, delegacia de polícia e, finalmente, entregue ao SESC que edificou em seus terrenos um prédio moderno com restaurante para comerciários, deixando o prédio do antigo hospital com reforma paralisado há algum tempo. Há também o Prédio da antiga Prefeitura, Câmara de Vereadores e primeira biblioteca da cidade. frente à Igreja Senhor dos Passos, inteiramente mutilado com portas de blindex e sua fachada, embora conservando linhas arquitetônicas originais, pintada de diversas cores… A antiga Cadeia Pública hoje é a Câmara de Vereadores que conservou, externamente, a mesma fachada, modificando o layout interno. As únicas reais preservações de Feira de Santana são: Escola Normal, hoje Cuca; prédio da Prefeitura Municipal, Mercado de Arte e o solar Froes da Motta, recuperado pela Fundação Senhor dos Passos, mantendo tudo como era nos tempos dos velhos coronéis…

Infelizmente, parece-nos que poucos são os que, em Feira de Santana, demonstram preocupação em preservar o passado. Uma pena!!

Reproduzimos a seguir, para os saudosistas, fotos de alguns desses imóveis:

DEMOLIDOS:

Casa de João Marinho Falcão

 

 

 

 

 

Casa de Lybia Sampaio

 Solar Santana

MAL RECUPERADOS OU SEM O CUIDADO DE PRESERVAR O PASSADO:        

Antiga Prefeitura e 1a. Biblioteca   

   Santa Casa de Misericórdia