JURIVALDO ALVES DA SILVA E A LITERATURA DE CORDEL. O cordelista Jurivaldo tem realizado um trabalho que merece aplausos.

Não há dúvidas de que o Nordeste é a região que mais preserva a cultura popular.

Alguns menos avisados consideram “cultura” como algo povoado por grandes figuras, mas vejamos o que nos diz o verbete de dicionário tratando-se, especificamente, do campo que ora tratamos:

Conjunto dos conhecimentos adquiridos de uma pessoa ou grupo (ex.: ela é uma pessoa com muita cultura). = INSTRUÇÃO, SABER, SABEDORIA ≠ DESCONHECIMENTO, IGNORÂNCIA, INCULTURA

  • Totalidade dos costumes, das tradições, das crenças, dos padrões morais,  das manifestações artísticas e intelectuais e de   outras características que distinguem uma sociedade ou grupo social (ex.: cultura portuguesa; cultura africana).
  • Conjunto das características morais, intelectuais, artísticas e dos costumes ou tradições de um determinado povo, nação, lugar ou de um período específico (ex.: cultura helenística; cultura celta; cultura medieval).
  • Conjunto das atividades e instituições relacionadas com a produção, criação e divulgação das artes e das ciências humanas (ex.: é preciso investir na cultura).
    “cultura”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/cultura [consultado em 30-04-2021].

Assim, a Cultura é encontrada no dia-a-dia, mesmo no pouco lustro de alguns populares. Merecem destaque no terreno da Cultura Baiana, personalidades como Castro Alves, Ruy Barbosa, gente como Caetano, Gil e Betânia e os nossos contadores de causos como Cuíca de Santo Amaro, Chico Pedrosa Franklin Machado, Jessier Quirino e o nosso folheiteiro Jurivaldo Alves da Silva.

Por sinal, este último vem realizando um grande trabalho de preservação da memória nordestina com sua banca de folhetos no Mercado de Arte Popular na Feira de Santana, em box que foi cedido pela Secretaria do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico (SETTDEC), mesmo local onde funcionou o Espaço Literário da Academia Feirense de Letras (a Academia hoje está localizada na Casa da Cultura, Casarão dos Olhos D´Água). Ali, onde está instalado o Museu do Cordel, pode-se adquirir não só cordéis como livros sobre o Nordeste.

O cordelista afirma que o espaço está de portas abertas para outros escritores, sobretudo de Feira de Santana, para lançamentos e até eventos…

Objeto de estudos de historiadores, estudantes, etc., já foi entrevistado por diversas emissoras de TV e podemos, ao acessar o Youtube, encontrar diversos vídeos a seu respeito. O último deles, lançado em 29.04.2021, que ora apresentamos. O projeto tem apoio financeiro da Prefeitura de Feira de Santana através da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer via Lei Aldir Blanc, direcionado pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.