VOU ME EMBORA PRÁ PASÁRGADA – A POESIA MUSICADA II

 VOU ME EMBORA PRÁ PASÁRGADA é o título de um poema escrito por Manuel Bandeira, poeta brasileiro, e publicado no livro “Libertinagem”, em 1930.  Os versos giram em torno de um homem que queria, para escapar da sua realidade, encontrar refúgio em Pasárgada, um paraíso perdido.

Esse nome “Pasárgada” , que significa “campo dos persas” ou “tesouro dos persas,  é o mesmo de uma cidade que, de fato, existiu, tendo sido a capital do Primeiro Império Persa. No poema, a fuga é no sentido da aventura, da independência, rumo à diversão sem limites e sem consequências. Pasárgada se tornou um símbolo da liberdade, do lugar onde se pode fazer tudo aquilo que se quer na vida real. 

Esse impulso de ir embora não foi uma ideia registrada só por Bandeira, já outros escritores haviam explorado esse tema. Os escritores do romantismo, por exemplo, quando sofriam com um amor não correspondido, costumavam escapar para lugares distantes ou se refugiavam na ideia da morte para que evitassem sofrer das dores do coração.

Quando tinha 16 anos, Bandeira ouviu pela primeira vez um relato sobre a cidade e imaginou que ela poderia ser a representação de um lugar maravilhoso. O poeta guardou a imagem durante anos na sua memória até criar o famoso poema onde faz referência a ela.

Aqui mostramos  o poema musicado por Paulo Diniz, mostrando, como ilustração, o dia a dia do poeta.